"...teimei em vir te procurar mesmo sabendo que não estaria aqui...mesmo que estivesse não seria por mim, para mim. Ocorre que essa nostalgia estranha, sem dor, sem lágrimas, teima em não me abandonar...insiste em me desnortear...Creio que não é esperança a brotar deste jardim seco e morto no qual nos tornamos. Ainda sim não posso evitar pensar que és um homem e eu uma mulher, quem sabe o tempo que decorreu, ainda decorre, entre nós não foi o suficiente para transformar aquele jardim de outrora em belas lembranças...se assim for, a morte transformou nossas flores padecidas em adubo. Consegue visualizar? Podemos de novo lançar sementes nessa terra sofrida e árida e tansmutar deserto em floresta...nossa distância em um novo amor...sim, essa é a sensação a qual não me larga...Se meu coração está sentindo direito você se tornou mais um homem como qualquer outro. E como todos os outros é uma possiblidade, és potencialmente um novo e forte amor...É isso!! Descobri o que me tortura a alma! Você não é mais um ex. Se nos esbarrarmos pelas esquinas da vida não será reatar, recomeçar...será como da primeira vez com descobertas, conquistas, mistérios e magia...algo novo!!"
Dezembro/2004
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