segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Cansaço...

Eu estou cansada. Meu saco se encheu de gente mesquinha, alcoviteira, baixa, pequena, esnobe, traiçoeira, mentirosa, encrenqueira, barraqueira, cínica, falsa e demais adjetivos que possam complementar esse texto.

Cansei de quem escuta uma brincadeira e, incapaz de compreendê-la, segue espalhando comentários maldosos, cavando inimizades.

Cansei de quem, em 10 minutos de conversa, se sente o gostosão irresistível, achando que isso basta.

Aliás, aqui cabe um adendo: um homem atraente sem conteúdo, para mim, é o mesmo que comprar uma caixa de bombons vazia. Não me satisfaz. Pode me entreter por alguns minutos, no máximo. Para mais do que isso, é extremamente necessário predicados intelectuais. Afinal, em algum momento, eu abrirei a caixa.

Cansei também de quem não tem colhões para agir como pensa, fazer o que deseja, assumir um erro e/ou responsabilidades. É esse tipo de gente que necessita dessas "ferramentas" para se manter viva.

E eu detesto esse tipinho de vida.

Sou o que sou. Cheia de defeitos, com qualidades, erros, acertos. Posso mudar de opinião, de idéia, de visão... Não de caráter. Como diz meu chefe, "Caráter é item de série. Ou você tem ou não tem. Vem de fábrica".

Não sei brincar de máscaras. Juro que tento aprender, porque, todos dizem, sem esse artificio serei devorada pela sociedade.

Eu falo mesmo, sinto mesmo, grito mesmo, choro mesmo, brigo mesmo, vivo mesmo. Eu quero muito mais que antes. Sempre vou querer.

Porque, no meu mundo, viver é vibrar, reverberar. Duvido que possa fazer quaisquer dessas coisas quem é desprovido de vida própria. Aquelas pessoas-satélites-artificiais, as quais passam a existência orbitando em torno do alheio.

Então eu cansei. E não posso fazer muito além de respirar fundo, mergulhar, contar até 10, emergir de volta para a realidade sufocante.

Esse processo começa agora: a segunda já está à porta, com todos os itens supracitados (ver primeiro parágrafo). Logo, é preciso ganhar fôlego e lidar com todo esse lixo de novo.

Um comentário:

Cartas para Allana disse...

Pois é... nós, que temos essa necessidade de sermos nós mesmas nos debatemos o tempo inteiro com pessoas que querem algo diferente de nós, e mais, às vezes ser assim também nos exige lidar com expectativas. Pessoas como nós não podem ter medo? Ou preguiça? Por mais que queiramos ser mais do que o mediano, às vezes temos necessidades súbitas e extraordinárias de fazer absolutamente nada. E aí, mais uma contagem até 10 pra próxima realidade sufocante. Ces't La Vie... Acho que a resposta está em perturbar tanto os outros quanto nos perturbam. Não não, foi só o capetinha do lado esquerdo que deu a idéia, pode esquecer.. rs.
Beijokas sister, estamos sempre aí, perto, longe, mas sempre seguindo na nossa essência!